A INTERFERÊNCIA NEGATIVA DA ANSIEDADE ELEVADA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO 2° ESQUADRÃO DE INSTRUÇÃO AÉREA (2° EIA) DA ACADEMIA DA FORÇA AÉREA (AFA)

Mariana Augusta de Almeida Anfe, Giselle Modé Magalhães, Letícia Parraga Baptista

Resumo


O presente trabalho visa analisar o impacto da ansiedade elevada na instrução aérea do 2° EIA e quais os fatores que a desencadeiam, uma vez que, dentre os diversos fatores que podem interferir no processo de aprendizagem de um aluno, o controle da ansiedade elevada é determinante para o sucesso do cadete nesse processo. Dentre os fatores afetivo-cognitivos que interferem negativamente na aprendizagem em voo, observa-se que a ansiedade elevada aparece como o principal fator contribuinte para o desempenho insuficiente na instrução aérea, uma vez que interfere de forma negativa nos recursos cognitivos e psicomotores do aluno. Foram avaliados todos os cadetes submetidos à instrução de voo na fase de pré-solo no 2° EIA no ano de 2012. A avaliação foi realizada através de entrevista clínica semi-estruturada, a qual investigou os fatores afetivo-cognitivos que pudessem estar interferindo no desempenho do cadete em voo, quando o mesmo apresentava desempenho avaliado pelos instrutores como "insatisfatório".  Dos 198 cadetes que iniciaram a fase de pré-solo em 2012, 44% apresentou ansiedade elevada interferindo negativamente em seu desempenho. Os principais fatores que a desencadeiam são a atitude coercitiva do instrutor, o fato de estar submetido a uma situação de avaliação, a possibilidade de desligamento do curso em caso de desempenho insuficiente, auto-cobrança excessiva e insegurança em relação a sua capacidade e/ou seu preparo para a missãoOs dados mostram que a ansiedade elevada interfere negativamente no processo de aprendizagem do cadete ao longo da instrução aérea no 2° EIA, fato que reafirma a importância da presença do profissional psicólogo no Esquadrão, o qual atua junto aos cadetes e instrutores para diminuir o impacto deste e de outros fatores no desempenho dos cadetes, além de promover melhoras nas condições de ensino-aprendizagem. Como continuidade das investigações nesta área, sugere-se o aprimoramento das técnicas das quais o psicólogo pode lançar mão para trabalhar o fator afetivo-cognitivo na velocidade que a instrução aérea do 2° EIA exige, bem como aprimorar, dentro dos limites da instituição, a estrutura organizacional na qual está inserido tal processo de ensino-aprendizagem.


Palavras-chave


Ansiedade; Instrução Aérea; Processo de aprendizagem

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ISSN: 2176-7777
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