Programas de gerenciamento de risco da fauna em aeródromos: o que funciona?

Henrique Rubens Balta de Oliveira

Resumo


Em todo o mundo, o índice de colisões com aves está aumentando. A aviação civil registra 55 acidentes fatais por colisões com aves que resultaram em 276 fatalidades e destruíram 108 aeronaves (Thorpe, 2012), com custos que excedem US$ 1.2 bilhões ao ano (Allan, 2002). Dados de colisões com aeronaves militares são bastante escassos ou imprecisos. Entretanto, os existentes e disponíveis sugerem tendência de aumento semelhante. Melhorias no reporte de colisões, maior quantidade de voos, maior uso do ambiente urbano por espécies de fauna e aeronaves mais rápidas e silenciosas contribuem para tal tendência. Globalmente, o momento é oportuno à construção (e implantação) de abordagem integrada do setor aeronáutico no gerenciamento do risco de fauna. Todavia, modelos de gerenciamento atuais tem são focados principalmente no operador de aeródromo. Aeroportos devem implantar programas de gerenciamento totalmente integrados e robustos que visem à redução dos índices de colisões, minimizando o risco. Os requisitos legais e de regulação variam consideravelmente de país para país. Porém, os elementos fundamentais de programas de gerenciamento de risco de fauna que impactam positivamente nas colisões são universais. Elementos de programas bem sucedidos incluem: clara definição de atribuições e responsabilidades; monitoramento de perigos (dentro e fora do aeródromo); coleta de dados com qualidade (vistorias e reportes de colisões) que permitam avaliar o progresso do programa e identificar tendências; definição clara de eventos de colisões; treinamento de pessoal; dispersão ativa de fauna; modificação do ambiente; envolvimento e comunicação com stakeholders; planos de gerenciamento de risco que documentem os riscos, os procedimentos e as avaliações do risco residual. Cada elemento do programa será visto aqui, identificando os obstáculos previamente conhecidos, e ainda um exemplo de como um requisito de regulação nacional pode ser usado para estimular os Programas de Gerenciamento de Risco de fauna em aeródromos (PGRF).

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ISSN: 2176-7777
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