A Comunidade de aves do Aeroporto Carlos Drummond Andrade/MG e suas Implicações para a Segurança Aeroportuária
Resumo
Aves são consideradas comparativamente aos outros grupos de animais os maiores problemas e os principais riscos à aviação. O aeroporto Carlos Drummond de Andrade (Pampulha) é um equipamento inserido na malha urbana de Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil. Apesar da inserção na matriz metropolitana, está localizado perto de ambientes lacustres que podem funcionar como atrativos de fauna, aumentando o risco de colisões entre aves e aeronaves. O período de estudo aconteceu nos meses de Maio e Junho de 2014 e Março e Abril de 2015, nas áreas perimetral e operacional do Aeroporto da Pampulha. Foram feitas 96 horas de censos semanais, das 6h às 9h da manhã (matutino) e das 15h às 18h (vespertino) ao lado da pista de pouso e decolagem. Os objetivos deste estudo foram identificar e quantificar espécies de aves presentes no aeroporto, horário de presença, comparar os relatos nacionais de colisões envolvendo aves com os relatos na Pampulha cotejando com os registros de colisões com danos e, por fim, sugerir estratégias de manejo eficientes. Um total de 93 espécies foi identificado, das quais 66 utilizavam a área operacional. Nesta área, as espécies residentes mais abundantes e que apresentavam maiores riscos foram a pomba-asa-branca (Patagioenas picazuro), o quero-quero (Vanellus chilensis), e a andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca). Baseado no comportamento de forrageio destas espécies problema, propomos medidas preventivas e emergenciais de manejo e afugentamento. A aplicação de técnicas específicas para as espécies problema, combinadas com manejo de habitat e monitoramento da comunidade faunística aos contínuos, aumenta a eficiência destes e, consequentemente, a segurança dos voos e das operações no aeródromo.
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ISSN: 2176-7777