Andreas Lubtz: um olhar da psiquiatria para o copiloto do voo 9525 da Germanwings

Daniele Guedes Silveira, Caio Cesar Leite Barros

Resumo


Em março de 2016, o órgão francês de segurança da aviação civil, Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la sécurité de l’aviation civile (BEA), emitiu o seu relatório final sobre o acidente aeronáutico ocorrido em 24 de março de 2015, nos Alpes Franceses, que vitimou 150 pessoas. Naquele dia, a aeronave Airbus A320 da empresa Germanwings fazia o voo 9525, entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha). O relatório final concluiu que a queda do avião foi provocada de maneira intencional pelo copiloto, Andreas Lubtz, além de fazer referências a dois episódios depressivos, sintomas psicóticos, uso de antidepressivos e recomendações de internações em serviços de psiquiatria para o aeronavegante. Dessa maneira, o artigo buscou fazer uma interpretação psiquiátrica da condição clínica de Andreas Lubtz. A falta de comunicação entre os médicos assistentes e a empresa aérea, o sigilo médico, a baixa adesão do paciente às recomendações médicas, a dissimulação de sintomas, questões financeiras ligadas ao afastamento do trabalho e falhas no Cockpit Resource Management (CRM), podem ter contribuído para que o copiloto estivesse sentado no cokpit da aeronave no dia do acidente.

Palavras-chave


Depressão, Aviação, Medicina Aeroespacial.

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ISSN: 2176-7777
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