Emergências médicas em voo: um estudo de caso na Azul Linhas Aéreas Brasileiras
Resumo
Diante do aumento do número de passageiros transportados por via aérea e consequente aumento do número de ocorrências médicas a bordo, buscou-se estabelecer o perfil epidemiológico dos passageiros da Azul Linhas Aéreas Brasileiras e comparar com estudos conduzidos em empresas aéreas estrangeiras. Paralelamente avaliou-se a efetividade do uso de um sistema de auxílio médico remoto utilizado pela companhia. A partir de reportes realizados pelos tripulantes da empresa, realizou-se um estudo descritivo, de corte transversal, acerca dos passageiros que receberam atendimento médico a bordo das aeronaves da companhia durante o ano de 2016. Foram analisados um total de 561 reportes, sendo 56% para mulheres e 36% para homens; em 8% dos relatos não foi possível identificar o gênero. A faixa etária fisiológica mais atendida foi de 31 a 45 anos (24%), principalmente aos sábados e às quintas-feiras durante a madrugada. Em relação ao atendimento, a queixa mais reportada foi mal-estar (26%), o evento médico recorrente foi êmese (37%) e o sintoma mais presente no passageiro foi náusea (36%). Em 5% dos atendimentos, os pilotos alternaram, principalmente devido a eventos de ataque epiléptico/convulsão. O perfil epidemiológico obtido nesta pesquisa divergiu ligeiramente do perfil encontrado na revisão bibliográfica, possivelmente em virtude do público atendido pela companhia. Além disso, o uso do serviço de atendimento médico remoto não mostrou-se eficiente nesses reportes analisados.
Palavras-chave
Perfil epidemiológico. Emergências médicas. Atendimento médico a bordo. Aviação. Telemedicina.
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ISSN: 2176-7777