Fisiologia da fadiga, suas implicações na saúde do aviador e na segurança na aviação

Luciene Conte Kube

Resumo


O objetivo deste artigo é revisar alguns aspectos relevantes sobre o conceito de fadiga, os mecanismos conhecidos da fadiga periférica, algumas hipóteses dos mecanismos de fadiga central e as implicações no processo de fadiga do aviador. A fadiga, seja ela periférica ou central, é um conceito complexo, um conjunto de conhecimentos ainda não consolidado. Apresenta-se como um processo que extrapola sintomas, tais como as respostas visíveis dos mecanismos fisiológicos desencadeantes de fadiga, sendo que a hipótese básica aqui discutida fundamenta-se no encadeamento de fenômenos, primariamente energéticos, seguidos de respostas neuroendócrinas e neuroimunológicas. Essas compõem um quadro sintomático de queda de desempenho físico e mental do aviador, minimizado, segundo estudos da fisiologia do trabalho aplicada à aviação, por um melhor condicionamento físico, principalmente da aptidão física aeróbica. Aviadores, em alguns estudos, apresentaram respostas satisfatórias no enfrentamento dos processos de fadiga por estarem bem condicionados aerobicamente. Esse fato aponta para a necessidade de desenvolvimento de programas profiláticos de treinamento, em especial, da aptidão aeróbica, que têm o objetivo de melhorar o desempenho do piloto nas tarefas de cabine e segurança de voo, com consequentes benefícios para a qualidade de vida do aviador.


Palavras-chave


Aptidão aeróbica; Fadiga do aviador; Segurança de voo

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ISSN: 2176-7777
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