Transporte de órgãos vitais - missão gratificante e desafiadora

Diego Ribeiro Marques, Diana Soledade do Lago Camera, Lúcia Emmanoel Novaes Malagris

Resumo


Em 2016, o Jornal O GLOBO fez uma reportagem divulgando a perda de 982 órgãos vitais saudáveis para transplantes no Brasil, devido à falta de transporte aéreo, de 2011 a 2015. Em resposta a esses dados, o presidente Michel Temer assinou um decreto disponibilizando uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para sanar tal carência. Desde então, a FAB passou a realizar missões de Transporte de Órgãos Vitais (TROV) com uma frequência mais elevada. A partir dos dados disponíveis sobre essa atividade, pode-se supor que os pilotos militares se sentem motivados em realizar tais missões. Embora isso possa ser verdade, é possível que esses voos se constituam em fonte de estresse, gerando fadiga nas tripulações, pois muitas vezes ocorrem durante a madrugada e podem durar extensos períodos. Tal fato pode afetar a segurança dessas importantes missões, já que o estresse e longos períodos sem descanso estão relacionados à ocorrência de incidentes e acidentes aeronáuticos. Este artigo se propõe a levantar aspectos que apontam para o “espírito” aguerrido dos militares da FAB no cumprimento de missões TROV, pontuar a possível existência de estressores que podem impactar os tripulantes e seu desempenho, e, com isso, contribuir para maior segurança da atividade aérea.

Palavras-chave


1. Estresse. 2. Estressor. 3. Tripulação. 4. TROV.

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ISSN: 2176-7777
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